sábado, 10 de março de 2007

Brasil: Paz, Esperança e Fé...Parte II

Quando comecei a escrever a Parte I tinha pensado em dividir o presente texto numa trilogia para escrever sobre paz, esperança e fé separadamente.Porém, não vou seguir a mania das trilogias, haja vista o meu texto não ser nenhum Matrix Reloaded, X-Men ou Senhor dos Anéis, e muito menos irá concorrer às estatuetas...rs

Na verdade, acho mais interessante tratar da esperança e da fé simultaneamente.Esses são sentimentos que, se observados sob o prisma católico (dominante), às vezes se confundem. Não quero entrar aqui em questões de ordem religiosa (ainda não é o momento), mas apenas tecer comentários sobre esses sentimentos que permeiam o espírito dos bons cristãos.

Para os gregos, a esperança sempre foi considerada o mais astucioso de todos os males e que se localizava no fundo da Caixa de Pandora. Concordo. E digo mais: A esperança é um estímulo para aqueles que vivem alheios à realidade. E a fé nada mais é que uma esperança extrema. Como aduz o eminente filósofo alemão Friederich Nietzsche “A forte esperança é um estimulante muito maior para a vida do que qualquer felicidade isolada que se realize no plano da realidade”.Traduzindo amiúde, a nós, sofredores, que estamos sempre “à espera de um milagre” é necessária uma esperança que a realidade não possa contradizer.

Outra célebre frase de Nietzsche diz: “A esperança tem a capacidade de entreter os que mais sofrem”. Essa adoração pela esperança gerou frases do tipo “A esperança é a última que morre!!”, (reproduzida aos montes pela patuléia) quando na verdade –e aqui plagio uma sentença de granito- a esperança é a primeira que deve morrer!

Motivos? A força da ilusão encontra na fé e na esperança seu maior remédio. Pra finalizar, como não poderia deixar de o fazer, peço àqueles que acham que de joelhos e de olhos fechados podem mudar o mundo que abram seus olhos e levantem-se , pois desse jeito estarão mais preparados para tentar revoluciona-lo!!

4 comentários:

Joana disse...

"ao esvaziamento da alma diante da inutilidade de se manter a esperança"
salve Nietzsche! salve Diego!

Anônimo disse...

Stefan Zweig afirmou categoricamente:"Brasil, País do Futuro" e tantas outras frases que falam de um Brasil melhor... de um "Brasil Puro". Na verdade faço o seguinte questionamento, como o Brasil pode ser o País do futuro sendo que somente conseguira ganhar em números de universitários do Haiti, que acabara de sair duma guerra civil; como o Brasil pode se projetar como potência se as outras potências vêem o Brasil como tão-somente um exportador de carnaval e futebol????...
Me pergunto ás vezes por que que deu tudo errado para nós...mas deixo de devaneio e chego à conclusão de que, a bem da verdade, somos um povo irraquítico e o nosso futuro é um GRANDE TALVEZ: não lemos (diga-se de passagem, nosso hermanos argentinos lêem três vezes mais que nós...só em Buenos Aires tem mais livrarias que o Brasil todo...); só vamos às ruas quando a Globo pede(haja vista o Fora Collor); somos eticamente depravados, uma vez que nos corrompemos por besteiras; somos extremamentes degustadores de enlatados (do filme mais imbecil de hollywood aos fétidos pré-conzidos) etc...

4rthur disse...

Essa história de que Buenos Aires tem mais livrarias do que o Brasil é falsa. Esse é o tipo de caô que se espalha como uma epidemia simplesmente porque ninguém se presta ao trabalho de checar a veracidade dos caôs que ouve por aí ou lê na internet.

E o fato de assistirmos a enlatados estadunidenses não nos difere de outros hermanos latinos tanto assim...

4rthur disse...

Ah, e quanto ao post, é sempre bom lebrar do "Bom Conselho" de Chico Buarque:

"quem espera nunca alcança".