segunda-feira, 29 de outubro de 2007


Como um cara que gosta muito de música e poesia, gostaria de saber a opinião daqueles que frequentam esse humilde blog: Na sua opinião, quais são os 5 maiores poetas da música popular brasileira? E quais as 5 melhores músicas?

Lembrando que listas são pessoais e quase sempre irão gerar controvérsias e injustiças...Aqui vai minha listinha beeem pessoal mesmo, e espero a opinião de vocês...

Sem ordem de preferência-Poetas:
-Chico Buarque
-Raúl Seixas
-Cazuza
-Caetano Veloso
-Zé Ramalho

Músicas:
- Construção (Chico Buarque)
- Ouro de Tolo (Raúl Seixas)
- Ideologia (Cazuza)
- Como nossos pais (Belchior)
- A volta do boêmio (Nelson Gonçalves)

sexta-feira, 26 de outubro de 2007


Eu devia estar contente, porque eu tenho um emprego sou um dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês (...)

Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concedido o domingo pra ir com a família no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos...Ah!Mas que sujeito chato sou eu que não acha nada engraçado macaco, praia, carro, jornal, tobogã...Eu acho tudo isso um saco(...)

É você olhar no espelho se sentir um grandessíssimo idiota, saber que é humano, ridículo, limitado, que só usa dez por cento de sua cabeça animal...E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial, que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social (...)

Eu que não me sento no trono de um apartamento , com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar...

(Ouro de Tolo-Raúl Seixas)


Cansado de normas, regras de conduta, merdas de objetivos de vida comuns e mesquinhos, tolices institucionalizadas, dentre outras coisas que deixam a vida mais enfadonha; e triste em saber que os anos vão passando e a gente deixando de aproveitar a vida como deveria...Pior é que ainda nem sentei no trono do apartamento...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

por que roubar Rolex, se o dono fizer carta de indignação, pode...
o que não pode é roubar aposentado, é assim???
ê Brasil que continua mostrando a sua cara (lavada)...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

como boa faxineira que sou, vim aqui pra evitar que as aranhas tomem conta desse querido, idolatrado, salve-salve!!... brog!
deu tanto trabalho pra colocar no "ar" que não vou deixá-lo virar reduto aracnídeo.



já tô voltando, assim que esse espírito monográfico liberar meu ser....

sábado, 8 de setembro de 2007

almas perfumadas


Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede
que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.

O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.

Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que
a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu
e daquelas que conseguimos acender na Terra.

Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença
sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro
e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.

Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos
Deus está dançando conosco de rostinho colado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas,
porque acredito que os sentimentos também têm cheiro
e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.
Minha avó é alguém assim.

Ela perfuma muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, é uma delas.
E o perfume é tão gostoso, tão branco, tão delicado.E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse
perfume de Deus, que, se veste de vó, para me falar de amor...

Ana Cláudia Saldanha Jácomo

sexta-feira, 17 de agosto de 2007


terça-feira, 7 de agosto de 2007

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,— não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.

E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:E mais nada.

*CECÍLIA MEIRELES

terça-feira, 24 de julho de 2007

Somos os mesmos e vivemos...


Embriaga-te
Devemos andar sempre bêbados.É a única solução.Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar.Com vinho, com poesia, ou com a virtude.Escolhe tu, mas embriaga-te.E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são: "São horas de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso. Como vinho, com Poesia. ou com a virtude".
(Charles Baudelaire)


Viva a vida...Do seu jeito, com suas peculiaridades...Mas viva-a intensamente...pois ela é a única que vc terá!!
beijos e abraços!!


Nostalgia - descreve uma sensação de saudades de um tempo vivido, frequentemente idealizado e irreal.


Irreal??

alguém me tira daqui??

sexta-feira, 20 de julho de 2007



livre de mim,
como querias,
e apavorado,
como não supunhas, nem poderias evitar.

que será de ti?
contigo,
comigo,
mas independente de nós.

o menino que fomos mantém-se fiel a si mesmo.
e nada podes fazer para destruí-lo.
a ele não importa se és feliz ou culpado.

quanto a mim...
estarei sempre ao teu lado,
nunca mais voltarei a certos lugares.

é possível viver sem voltar jamais a eles.
o que serão para outros não sei,
pra mim têm desde já uma faixa que os cinge: não entre!

cidade fechada,
a ti pertencem agora as regiões negras e ocas do meu peito
¬¬onde nada há nem houve.

Fabrício Corsaletti

domingo, 15 de julho de 2007


fazendo novas todas as coisas...

terça-feira, 10 de julho de 2007


ando desistindo de tanta coisa...

tanta coisa anda desistindo de mim...

quinta-feira, 5 de julho de 2007

desejo a você....

Cheiro de terra {em dia de chuva}
Namoro no portão
{aiaiiaiai}
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
{e sem trabalho, e sem ressaca}
Sábado com seu amor {aiaiiaia de novo}
Filme do Carlitos
{e de Almodóvar}
Chope com amigos {cantando "Eu voltei agora pra ficar porque aqui, aqui é meu lugar" }
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos {será???}
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
{aiaiiaia³}
E que ela goste de você {mais????}
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior {serve Ilhéus??? }
Ouvir uma frase amável
{tipo... "como você me faz bem"!}
Ter uma surpresa agradável
{é hoje o dia}
Ver a banda passar { e que seja Led...que seja Pink, e... Os Verdes??}
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
{ou ver, né?}
Ter fé em Deus {e que Ele te conceda muita paz, saúde e sabedoria}
Não ter que ouvir a palavra não, nem nunca, nem jamais e adeus.
{e ouvindo, que saiba entender}
Rir como criança
Sarar de resfriado
{sem precisar de enfemeira =/ }
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
{nem digo nada...}
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação {próxima??}
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça {serve Ilhéus de novo???}
Uma festa
{É HOJE}
Um violão
Uma canção {tem preferência?? }
Uma tarde amena
Calçar um chinelo velho
Que tenha inpiração pra atualizar um "certo"
blog
Tocar violão para alguém
{tenho preferências... rsrsr}
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco {ou pinga da boa... }
E muito carinho meu...

Feliz Aniversário!!!

Carlos Drumond de Andrade e eu

segunda-feira, 25 de junho de 2007


como é bom sentir o coração saltitando de alegria, por motivo nenhum.

gostinho bom de comida de avó, de dengo de amor.

como é bom rever amigos, ter amigos, e poder curti-los na simplicidade de momentos bons.

como é bom acreditar na vida, ter uma irmã longe pra hoje poder matar todas as saudades, como é bom ter um exemplo tão forte e presente de mulher pra seguir e acreditar.

como seria bom, se todos os meses fossem pra mim como junho, com a quenturinha das fogueiras, sempre iguais as dos anos que passaram, onde a reunião ao redor dela era garantida.


ah! essa nostalgia que me mantém viva....

salve meu são joão!!!

sábado, 16 de junho de 2007


"Tudo segue naturalmente pela vida desordeira, e eu ainda durmo de janelas abertas destinadas às noites perturbadas...


Fico olhando a lua que se despede sem adeus enquanto o sereno recolhe-se às entranhas das flores no cio...


O sol desponta, fotografando esqueletos de pipas


que ornam as ruas esquecidas nos fios...


Os dias são todos iguais...


Descansam enfileirados cumprindo a fantasia da natureza, da poesia e de mãos que escrevem solitárias..."

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Geração paz e amor?


Os filhos do WOODSTOCK/ 69 puseram fogo no WOODSTOCK/99. Dirão alguns que não são os filhos, e, sim, os netos. O fato é que as idéias tão fortemente semeadas a partir dos anos 60 sob o lema “Paz e Amor” permearam toda a cultura ocidental da segunda metade do século XX. Hoje o ocidente contempla estarrecido o fracasso dos ideais “hippies”, que, aparentemente, tinham tudo para fazer o homem mais feliz. Afinal, quem se atreve a duvidar de que a paz e o amor estão no âmago dos anseios de felicidade de todos nós? E, no entanto... deu no que deu.


Pode-se explicar tal contradição: a paz e o amor que almejamos não são esses que o “V” da vitória anunciava como valores acima de todos os outros. Tal paz e tal amor eram, no máximo, uma caricatura, uma versão comercial, amplamente consumível, que serviu de rótulo, sem dúvida atraente, para mercadoria falsificada. A verdadeira paz não é uma preguiça mais ou menos disfarçada sob o título de protesto contra as instituições, não é o isolamento que volta as costas para os problemas sociais, ostentando ambições superiores e omitindo-se covardemente, não decorre da insensibilidade própria de quem tem a consciência cauterizada e se afasta de qualquer compromisso, para mergulhar na paz dos píncaros, entre alucinações... A verdadeira paz é fruto de uma luta empenhada contra o próprio egoísmo, é uma conquista cotidiana, silenciosa, porém persistente, que torna o coração capaz de abrir-se para ir ao encontro dos outros, nas dores e nas alegrias.


A verdadeira paz decorre, portanto, da capacidade de amar. E não se pode dizer amor onde apenas se quer dizer relação sexual, cópula, encontro impessoal de corpos que buscam uma sensação de prazer fugaz, efêmera, sem outra finalidade que não seja o prazer. O verdadeiro amor é doação de si mesmo. Assim também o amor conjugal supõe que pai e mãe estejam empenhados em fazer, cada um, a felicidade do outro e, juntos, a felicidade dos filhos.


Pode-se pensar que a sociedade sofreu, nestes últimos tempos, os efeitos da “lei do bêbado”: para fugir de um autoritarismo extremado que a fazia pender para incompreensões e intolerâncias, dentro e fora da família, oscilou e pendeu para o outro lado, fulminando o conceito de liberdade. Liberdade passou a ser definida como: “fazer tudo o que se quer fazer” como se dizer “não” fosse impróprio de um ser livre. Ora, liberdade é capacidade de escolha e não deve vincular-se a proibição e, sim, a responsabilidade.


Quem participou do WOODSTOCK/69 afirma que naquela ocasião não havia clima para os episódios de 99. Se alguém tentasse barbarizar, seria renegado pelos outros. São afirmações convincentes. Afinal, naquela época, não havia tiroteios em escolas (e, embora, lamentavelmente se morresse e se matasse no Vietnã, o atirador sofria com isso), e, no Brasil, não se queimavam índios e mendigos, não se trucidava uma criança no asfalto, não se planejava a execução dos próprios pais...Pioramos muito. E nenhuma instituição social sofreu tanto abalo quanto a família.


A família, bombardeada pelos falsos conceitos de amor e liberdade e afivelada à busca irrefreável de prazer que o hedonismo apregoa, viu desaparecer o sentido do compromisso entre os cônjuges, do compromisso destes em relação aos filhos e, destes, em relação aos irmãos, quando existem. Porque se tornaram tão imperiosamente indispensáveis os bens mais supérfluos que se entende que é oportuno ter poucos filhos para poder dar-lhes tudo. E começa-se por deixá-lo sozinho, sem irmãos, na creche, ou sob o cuidado de terceiros.


Dizem que há uma crise educacional que começa na família, ou no que restou dela. Que é preciso impor limites às crianças, aos jovens: “eles precisam aprender que nem tudo o que se quer, se pode fazer”. O conteúdo dessa afirmação é tão óbvio que não dá para acreditar que tenha sido ignorado. Acontece que esse princípio é, pelo menos, insuficiente: não se educam filhos a distância e não se pode educar positivamente partindo de negativas. Atenção! Lá vai o bêbado pendendo para o outro lado, o do autoritarismo sem mais delongas...


Coragem, pais das próximas décadas, advento do terceiro milênio! É preciso agir com sobriedade. Fugir das bebedeiras de trabalho que lhes roubam o tempo que deveriam dedicar aos filhos; fugir das alucinadas competições para subir de status social; fugir dos porres de conforto, de telejornais, de comida, de bebida, mesmo, e de realidades virtuais que o fazem esquecer a verdadeira realidade: os filhos adoram bater papo com os pais...


E nesses papos, quanta alegria se poderá semear! A alegria de cultivar a confiança mútua, de compreender e saber-se compreendido, de ensinar e aprender não apenas os limites, mas a possibilidade de superar as próprias limitações, de chegar a ser a excelência que a sociedade precisa que cada um seja.Cabe aos pais a tarefa urgente de tornar o coração dos filhos capaz de abrir-se para ir ao encontro dos outros, nas dores e nas alegrias.


Escrito por Sueli Caramello Uliano - http://www.jornaldedebates.ig.com.br/

sábado, 19 de maio de 2007


sabe qual foi o momento mais feliz de minha vida?

foi quando eu vi você tinha ido embora e levado todos aqueles sentimentos imbecis que me impediam de ser quem eu era.

quando eu percebi que minha felicidade só depende de mim, que os outros a completam se eu deixar e se eu quiser.

foi o dia que eu aprendi que se eu compartilhasse meus sentimentos bons eu estaria atraindo pessoas boas pra comigo caminhar.

os sonhos, os planos, o sentimento se foram.

o que nasceu foi a vontade de buscar novos sonhos, novos sentimentos, nova vida.

e isso ninguém leva... nunca mais.

não dava pra começar sem te falar essas coisas


** aliviando dores da alma....

quarta-feira, 9 de maio de 2007


"Papa chega ao Brasil à tarde e altera a rotina de São Paulo'...

A chegada do papa Bento 16 a São Paulo, na tarde desta quarta-feira, terá impacto no trânsito de São Paulo. Uol


"Esquema para chegada de Bush interdita ruas de SP"...

Folha de São Paulo


**qualquer semelhança com o cheiro de enxofre no ar, não é mera coincidência...


quarta-feira, 2 de maio de 2007


moreno meio loiro, de estatura mediana, com um olhar quebrantado e um charme despretensioso.
que colecione bons livros, tenha visto bons filmes,
que tenha um passado que inspire seu futuro...
que saiba fazer massagens e que ria de minhas bobagens,
que entenda meus olhares,
que tenha leveza de espírito e uma barba por fazer...
que entenda e participe de meus vícios,
que seja natural e menos montado.
que não tire a sobrancelha nem use roupas transparentes,
que fale com voz mais segura, mais grave, menos infantil,
que me tenha com segurança, com vontade...por vontade.
que me recrimine com um olhar malvado, mas que me acalente num colo quente...
que não saiba, por uso próprio a marca do meu anti-rugas,
que tenha um sonho a ser realizado e sempre uma boa bossa nos lábios,
que tenha disposição pra vida...
que queria descobrir o mundo, que tenha disposição para tanto.
que não se satisfaça com idéias medíocres, que tenha idéias... que tenha ideais...
que escolha a mim... somente a mim pra realizar seus sonhos de homem...

Vou seguindo com minha busca www.google

quinta-feira, 26 de abril de 2007

devaneio musical...Beatles!!


Os Beatles podem não ser os mais virtuosos instrumentistas de todos os tempos e podem até questionar o seu título de "melhor banda de todos os tempos". Mas uma coisa é inegável: eles são a banda mais importante de todos os tempos! E essa capa aí acima , amigos, é um marco da história musical.
Foram inúmeras as inovações musicais realizadas nessa transição da fase “amor” dos besouros para uma música mais louca, experimental, em que o LSD foi o principal combustível. Tudo começou a mudar em 1966, com o disco Revolver, sucessor do excelente Rubber Soul, último da fase “love,love,love” da banda. A partir daí os ingleses mais famosos do mundo caíram de boca na psicodelia que se expandia em San Francisco, na Califórnia que pregavam o amor livre, o uso de drogas e uma vida alternativa e questionadora.E foi com esse disco que os Beatles expandiram até o limite do inalcansável o caráter experimentalista e ousado que marcou a produção artística dos anos 60 e 70, graças a uma série de fatores: em primeiro lugar, na época eles já eram “The Beatles”, portanto qualquer coisa que fizessem teria venda certa e garantida; em segundo, dinheiro era o que não faltava, portanto qualquer “loucura” podia ser levada a termo, além de que isto possibilitava acesso a todos recursos técnicos disponíveis, e por outro lado possibilitava o acesso às drogas, principalmente o LSD, que embora obviamente tenha como efeito colateral após algum tempo a total inapetência do usuário para qualquer tipo de atividade, no início ajudam à expandir a mente e “desbloqueá-la” de todos e quaisquer conceitos preestabelecidos. Aliás, reza a lenda que a música Lucy and the Sky with Diamonds (grifos nossos) nada mais é do que uma referencia à droga.
Por fim, Sgt.Peppers não é o álbum que contém as melhores músicas dos Beatles (aliás, a trilha sonora do filme Magical Mistery Tour do mesmo ano tem individualmente músicas melhores) mas é o álbum primoroso quando ouvido na íntegra, pois as músicas se completam perfeitamente. O disco mostra o amadurecimento musical dos Fab Four e o todo o experimentalismo da banda. Mostrou toda a capacidade da banda de misturar tudo o que é conhecimento instrumental, artístico, filosófico, cultural e econômico (pois é, eles ficaram ainda mais ricos depois desse clássico) e nos devolver isso em forma de música e de qualidade. Se você ainda não escutou esse disco, faça-o já, em nome da arte!

domingo, 22 de abril de 2007

para pensar...


Cântico II
Cecília Meirelles

Não sejas o de hoje.

Não suspires por ontens...

Não queiras ser o de amanhã.

Faze-te sem limites no tempo.

Vê a tua vida em todas as origens.

Em todas as existências.

Em todas as mortes.

E sabes que serás assim para sempre.

Não queiras marcar a tua passagem.

Ela prossegue:

É a passagem que se continua.

É a tua eternidade.

És tu.


*eu prefiro ser esta metamorfose ambulante... (sempre cabe)

terça-feira, 17 de abril de 2007

Meros devaneios...

"No fim da vida, a maioria dos homens percebe, surpresa, que viveu provisoriamente e que as coisas que largou como sem graça ou sem interesse eram, justamente, a vida.E assim , traído pela esperança, o homem dança nos braços da morte"


Apenas gostaria de citar essa frase do ilustre mestre dos mestres Schopenhauer...Pode parecer fúnebre e triste, mas, ao revés, pode ser vista como uma crítica para aqueles que não dão importância às mínimas coisas da vida, ao que realmente importa e pode servir também como estímulo para uma busca de um novo ideal de vida . Para que as coisas boas sejam aproveitadas e não passem ao largo da nossa efêmera passagem neste mundo.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Música Air Lines...



De onde será que vem o poder que a música tem de nos levar pra onde quer que ela queira e a nossa imaginação (no meu caso, bem fértil) permite?
Característica também partilhada pelos cheiros, que nos acalentam e nos fazem (re) viver situações já vividas e sonhar com aquelas ainda não realizadas.
Melodias, letras, vozes nos levam embalados por terras às vezes nunca habitadas por nossa existência.
No meu caso as músicas envolvidas por um “ar” melancólico são as que mais me envolvem e me dão prazer de ouvir e viajar por lugares aconchegantes.
Regidos por uma dita trilha sonora, os sonhos não tem barreiras, são livres, como todos os sonhos deveriam ser....
A música que tem embalado meus sonhos melancólicos e me levado para terras desconhecidas(não me perguntem por que) é essa:

Carta (Ano de 1890)
Vanessa da Matta
Ando nas ruas do centro

Estou lembrando tempos

Enquanto lhe vejo caminhar

Aguando a calçada

Um barbeia um velho

Deita a noite e diz poesia (serenata)

Vinho enquanto ouve choro costurar

Passei em casa, seu José não estava

Memórias Senhor Brás Cubas Postumavam

Enquanto vi passar Helena pra casa de chá

Devagar, bonde na praça

Ainda borda delicadeza

Torna a gente

Banca de flores

Libertando sorrisos no ar.

Como num passe de mágica, me carrega pra um Rio de Janeiro de outrora, versado pelas obras do Sr. Machado de Assis, com suas Helenas e suas casas de chá, onde se era possível ver pessoas barbeando-se nas portas, o bonde estava na praça e o choro chorava embalando os sonhos recônditos de quem o ouvia....
Só a música pode amenizar essa inquietação de não poder ir a tempos já passados, só ela nos leva a conhecer terras inimagináveis e o que é melhor... Sem cobrar passagem.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Apenas Tijolos no Muro...











The Wall (1979) Wish you were here (1975)

“Não precisamos de nenhuma educação/Não precisamos de nenhum controle de pensamento/De nenhum sarcasmo sombrio na sala de aula/Professor, deixe as crianças em paz/Ei, professor! Deixe as crianças em paz!/Ao todo, isto é apenas mais um tijolo no muro/Ao todo, você é apuras mais um tijolo no muro”
(Pink Floyd,Another Brick in the all)

Pra início de conversa, cumpre delinear a emoção de escrever algo sobre uma das maiores bandas de todos os tempos. Além de instrumentalmente perfeito, o Pink Floyd sempre foi uma banda de letras impecáveis. Enquanto o rock tradicional falava de sexo, drogas e problemas pessoais, o Floyd foi além...Falou disso também, é claro, mas se ateve mais aos problemas existenciais do mundo, da vida...e de forma brilhante!

Com essa preocupação existencial, letras filosofais e por conter a sonoridade do universo (da música erudita à folclórica, passando pelo jazz e, evidentemente, pelo próprio rock )a banda foi tida como uma das mais “cults” da história da música.

Em 1979, o Floyd já era uma banda consagrada. “The dark side of the moon”, “Animals” e “Wish you were here” já eram clássicos absolutos da música. O álbum “Wish you were here”, de 1975 é um aprofundamento dos temas do clássico-mor “dark side”. O tema do disco é ausência e saudade. É um pretexto para uma sincera homenagem a Syd Barrett , ex-integrante do grupo, e uma análise dos motivos que o levaram à loucura. A foto da capa, com o homem queimando, representa uma pessoa sendo consumida e deixando de existir. A foto da contracapa é a foto de uma pessoa que não existe mais. Na foto do encarte a pessoa que mergulha na água não faz a água respingar, logo não existe. Todas as fotos remetem a uma "falsa presença".Daí se tira que o Floyd não é apenas musica. É arte! Presente em suas composições, arranjos, letras e até nas capas e encartes dos álbuns.

Porém, foi no disco "The Wall", gravado em 1979, que Roger Waters exorcizou todos os seus demônios em faixas que remetem à sua infância e todas as paranóias que a sociedade incutiu em sua mente. A faixa de maior sucesso, “Another brick in the wall”, que ganhou até videoclipe na época, é um clássico a ser analisado profundamente. Waters foi fantástico em trazer à tona a visão de uma sociedade alienada, em que nós, como membros dela, nos comportamos apenas como “um tijolo no muro”, como o título da música sugere. Somos manipulados à todo instante e nem percebermos ou sequer contestamos. E Waters vai tentar dizer com sua música que isso se inicia na vida familiar, e, principalmente, na escola.

“Another brick in the wall” tentou dizer é que a escola é uma máquina de fazer chouriços indiferenciados, de produzir autômatos, e que os professores são os instrumentos do Estado opressor que quer esvaziar a alma e o cérebro das criancinhas. Parece exagero, mas é a pura realidade. Acontece que, atualmente, os próprios professores foram as criancinhas alienadas do passado, e muitos não têm consciência que estão contribuindo apenas para criar robôs pra sociedade. Coitados dos professores, são apenas mais tijolos no muro. E que muro consistente e indestrutível é a dominação.

O fato é que fomos criados para sermos acríticos. Para reproduzirmos pensamentos e idéias já existentes sem questionarmos sobre elas. Nos tempos que correm, a escola passou a ser vista como o espaço onde se devem eliminar todas as diferenças que existem na sociedade, onde todos devem ser iguais, mesmo quando se lhes reconhece o direito à diferença, e , se possível ,acríticos, mesmo se lhes reconhece o interesse em serem autônomos e reflexivos. E aqui falo da igualdade de pensamentos, de anseios, de caminhos a seguir e não pela igualdade de direitos e oportunidades, que, obviamente, deve existir. Passamos toda uma infância na escola, para que? Para nos tornamos seres ininteligíveis e conhecedores de um conhecimento comum a ser reproduzido numa prova de vestibular?
Em todos os meus anos de estudante,só a pouco tempo fui perceber que a idéia central é de todos batermos a bolinha bem baixinho, curvarmos a cabeça à entrada do portão da Escola, trabalharmos todos (alunos e docentes) como autômatos de acordo com as diretrizes dos grandes sabedores e sairmos ao fim do dia com a alma progressivamente mais polida e extirpada de impurezas. E no que isso se resume: Somos apenas tijolos no muro!

quinta-feira, 22 de março de 2007

SOMOS QUEM PODEMOS SER?

É uma tarefa árdua para qualquer pessoa definir a si mesmo. Nunca somos suficientemente corajosos para tentar descobrir nós mesmos. Escondemos nossa verdadeira face. E escondemo-la em meio às outras pessoas, tentando ser o que não somos. Às vezes penso que vivemos num mundo onírico, ilusionário, onde as pessoas que nos cercam no mundo social cotidiano é que ditam a nossa existência. A máxima do “conhece-te a ti mesmo” se aplica para poucos. Não é fácil ser você mesmo. Para conhecer a si mesmo, mister se faz esquecer os pré-conceitos, ou seja, afastar-se de todos conceitos pré-existentes, como mitos, religiões, valores morais, opiniões. E isso é praticamente impossível para o homem comum. É difícil ser alguém que realmente queremos ser. É impossível não se influenciar pelo que a sociedade e os valores sociais queiram que você seja. Não temos escolha. Não temos livre-arbítrio.Ah, que falácia é esse tal livre-arbítrio!

Desde que nascemos somos imbuídos a viver a vida que a sociedade nos impõe. Somos educados, adestrados, amansados para sermos quem a sociedade quer que sejamos e não podemos escolher de outro modo.Não nos perguntam se queremos ser o que querem que sejamos.Apenas seguimos um caminho pré-constituído até nos juntarmos à massa. Somos apenas um tijolo no muro. E tijolos no muro não escolhem onde nem como querem ser colocados. Apenas são colocados. Não tem opinião própria e não conversam com o cimento, pra saber por que estão ali tão juntinhos um do outro, sendo manipulados por mãos que nem sabem da sua existência. É duro aceitar isso.

Quais são as nossas motivações? O que quero ser? Quem desejo me tornar?
Tento buscar a verdade. Mas não é fácil buscar a verdade dentro de si mesmo. É árduo e tortuoso analisar a própria existência. É muito mais fácil sermos julgados pelos outros e deixarmos que o juízo de valor seja dado por eles. Definitivamente mais simples. Para isso, basta a aparência. Basta mostrar sermos algo que determinada pessoa ou determinado grupo em especial queira. Assim, escondemos a verdade de nós mesmos e deixamos que as referências pessoais que temos sejam conceituadas por um grupo.

Às vezes sinto-me medíocre. Aliás, sempre me sinto medíocre. Medíocre no sentido pejorativo por também ser medíocre no sentido de ser um homem-médio. É péssimo ser um homem-médio. Ter os mesmos anseios, pensar as mesmas futilidades que qualquer ser é induzido a pensar.Sinto-me sem visão, correndo atrás de objetivos materiais que nem sei se são os que quero realmente. Apenas são os que a sociedade quer que eu almeje. Sucesso profissional, dinheiro, uma vida confortável, uma bela mulher, respeitabilidade, status. É o que todos queremos. Nenhum de nós jamais ousou escolher ser algo além disso. Mas, o que se pode desejar, além disso? Sinceramente, minha experiência nesse mundo não me deixa responder a essa pergunta.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Rio de Janeiro, julho de 1957...

... o presidente da província, Juscelino Kubitschek, aprovou a concessão de TV para a Rádio Globo.
A partir desta data, o país NUNCA mais foi o mesmo, nunca mais pôde caminhar sem consigo levar a marca da besta-fera impregnada em seus atos e costumes.
Exalando um fétido ar de soberania, desde a sua criação, a Rede (pra não dizer quadrilha) Globo profana "slogans" onde se auto-intitula a detentora de toda a verdade e seus funcionários nomeiam-se “globais”, unânimes...
Através do seu tele (tendencioso) jornalismo leva aos brazucas, a realidade dos atos que ela mesma cria.
Exagero dizer que a Rede Globo é culpada, de parte das mazelas que acontecem no país?
Creio eu que não...
Ela faz questão de apregoar e escancarar quão diferente é a realidade em que vivem os pobres cidadãos desta humilde colônia.
Dita um país onde ser loiro, rico e magro é o ideal e a condição mais aceitável, condenando os excluídos dessa condição, qualificando-os de bandidos.
Estes mesmos excluídos são os principais admiradores da bonitinha (e ordinária) que acaba de estrelar a ultima edição do Big Merda Paraguai (não desmerecendo o dito país, só fazendo uma analogia as falsificações que o mesmo exporta), os mesmos excluídos que suspiram pelo o amor perfeito e inabalável do casal da novelinha das 21 horas e engrossam a legião dos que adquirem o CD da mega-ultra-super banda que se apresentou na dita emissora no domingo passado.
O tênis mais bonito? É o que o “protagonista” da novelinha “aborrecente” usa.
Mas o que fazer se eu não tenho um par do belo calçado? Adivinhe se puder...
E Ela segue dispondo de um elenco de telespectadores alienados e manipuláveis, escrevendo sua historieta barata.
Onde arrasta crianças pelas ruas do Rio Iraque de Janeiro e depois lambe a dor da pobre mãe, vítima, da sua intenção maniqueísta e voltada para os números do famoso Ibope.
Infelizmente, ela pode mesmo se auto-intitular “a poderosa”, ao seu bel prazer, consegue eleger o presidente da vez, o próximo e o próximo...
Até quando?
Caberá ao destino responder, se é que este existe, já que pode ser mais uma invenção dos folhetins, agora carregados de um misticismo barato que a bisca apresenta.
Constato momentos antes da criação deste texto o poder manipulador da suprema, pretendia discorrer sobre um tema qualquer, com uma leveza que me é peculiar, infelizmente a situação não me permite, só posso discorrer sobre a “janela do povo” brasileiro com a voracidade que foi descrita acima. E mais uma vez Ela interferiu na minha intenção. Argh!

*não citei as outras “saudosas” emissoras, pois as mesmas não merecem que eu perca meu escasso tempo, (não que a dona da banca mereça), falando das tais.
Acredito que são ainda piores, criticam a “Poderosa Toda”, mas lambem os restos de seu vômito...
Seguem fazendo cópias baratas do podre material que a dita “produz”.

sábado, 10 de março de 2007

Brasil: Paz, Esperança e Fé...Parte II

Quando comecei a escrever a Parte I tinha pensado em dividir o presente texto numa trilogia para escrever sobre paz, esperança e fé separadamente.Porém, não vou seguir a mania das trilogias, haja vista o meu texto não ser nenhum Matrix Reloaded, X-Men ou Senhor dos Anéis, e muito menos irá concorrer às estatuetas...rs

Na verdade, acho mais interessante tratar da esperança e da fé simultaneamente.Esses são sentimentos que, se observados sob o prisma católico (dominante), às vezes se confundem. Não quero entrar aqui em questões de ordem religiosa (ainda não é o momento), mas apenas tecer comentários sobre esses sentimentos que permeiam o espírito dos bons cristãos.

Para os gregos, a esperança sempre foi considerada o mais astucioso de todos os males e que se localizava no fundo da Caixa de Pandora. Concordo. E digo mais: A esperança é um estímulo para aqueles que vivem alheios à realidade. E a fé nada mais é que uma esperança extrema. Como aduz o eminente filósofo alemão Friederich Nietzsche “A forte esperança é um estimulante muito maior para a vida do que qualquer felicidade isolada que se realize no plano da realidade”.Traduzindo amiúde, a nós, sofredores, que estamos sempre “à espera de um milagre” é necessária uma esperança que a realidade não possa contradizer.

Outra célebre frase de Nietzsche diz: “A esperança tem a capacidade de entreter os que mais sofrem”. Essa adoração pela esperança gerou frases do tipo “A esperança é a última que morre!!”, (reproduzida aos montes pela patuléia) quando na verdade –e aqui plagio uma sentença de granito- a esperança é a primeira que deve morrer!

Motivos? A força da ilusão encontra na fé e na esperança seu maior remédio. Pra finalizar, como não poderia deixar de o fazer, peço àqueles que acham que de joelhos e de olhos fechados podem mudar o mundo que abram seus olhos e levantem-se , pois desse jeito estarão mais preparados para tentar revoluciona-lo!!

quinta-feira, 8 de março de 2007

Brasil: Paz, Esperança e Fé...Parte I

Pois bem, amigos. Não estou aqui para trazer-lhes nenhum conforto, nem paz de espírito. Isto aqui não é um blog de auto-ajuda. Pelo contrário. O que tenho para lhes oferecer é apenas uma visão crítica, ainda que pessoal, da realidade que vos cerca.

Vim pra falar de coisas boas. E ruins também. Na verdade, vim para tumultuar mesmo. Gostaria de começar dissertando sobre o povo brasileiro.Estarei escrevendo sobre seus anseios, dúvidas e, apenas pra ficar didático e evitar textos enormes que ninguém gosta de ler, dividirei esse tema em 3 palavrinhas mágicas que emanam todos os dias na mente do nosso povo: Paz, Esperança e Fé.

Pra começar, quero falar sobre a paz. Descrever a paz é algo difícil. O vocábulo “paz” no dicionário tem diversos significados, entre eles sossego, concórdia, cessação de hostilidades, etc. Pra falar a verdade, entendo a paz como um sentimento pessoal de cada um, um estado de espírito, uma realização. Mas me parece ser utópico demais pra qualquer ser humano imaginar um mundo em que todos se respeitam, em que não há guerra, nem disputa.Esquecem que o ser humano antes de tudo é um animal, movido por instintos, dentre eles o da sobrevivência, o da batalha pelo seu espaço!! Nesse sentido, pensar num mundo sem guerra e sem violência, sorry, é sonhar além. Citaria o filósofo francês Emile Durkheim para enfatizar que “o crime é um fato social”.

Então, o que podemos fazer? Apenas controlar esse ímpeto pelo crime. Mas não do jeito que o nosso governo quer, aumentando o numero de presídios, amontoando os presos nas celas e reduzindo a maioridade penal até chegarmos à pena de morte. É como construir uma casa a partir do telhado. É como combater a doença matando o paciente. Estamos lutando errado. Combatendo a ponta de um Iceberg, não sabendo o que vêm mais por baixo. Os penalistas mais modernos enfatizam o caráter subsidiário do direito penal. As penas seriam a ultima ratio, ou seja, somente quando se esgotarem todos os meios existentes poder-se-ia usar a privação de liberdade, a famigerada prisão. Todos sabemos que a prisão não amansa ninguém, mas sim torna o ser humano mais bruto, animal, irracional e inconseqüente.

Por fim cumpre destacar que o nosso problema principal está estampado em todos os meios de comunicação: A desigualdade. Vivemos num país de desigualdades gritantes, em que 5% da população detêm mais da metade da renda.Por conseguinte, enquanto X ganhar 70 vezes mais o que Y ganha e Z tiver um carro de luxo enquanto W não tem dinheiro nem pra pegar um ônibus, nunca haverá satisfação social e as taxas de criminalidade se manterão altas. Portanto, termino essa exordial e breve análise citando a minha primeira sentença de granito: “Nunca haverá paz enquanto houver desigualdade”.E não haverá mesmo!

dia INTERNACIONAL das mulheres...


ê Brasil, tu não perde essa mania de comemorar datas alheias e importadas?...

ê Brasil, tu não cansa de comemorações hipócritas?...

ê Brasil, tua homenagem é essa?
cheia de flores murchas, fuzuê e explosão de imagens femininas e bondosas na Tv?

ou será que será tão célebres músicas direcionadas a nós... mulheres (eguinhas, problemáticas, cachorras)?

cadê teus exemplos Brasil?
estão escondidos atrás da loirice da celebridade da última hora?

ou nas rebolativas e deprimentes "mulheres" (sim, elas não tem outra classificação), que se vendem por muito pouco, ao dispor de quem quiser provar?

onde estão tuas mulheres no poder?
onde estão tuas líderes?

onde estão tuas guerreiras? ficaram presas só nos livros de história?

cadê tuas operárias que dão conta da vida domiciliar?

cadê tuas mulheres que não pintam mais a cara?

cadê tuas mulheres que não queimam sutiãs (cd's deploráveis)?

cadê tuas mulheres que merecem receber as flores berrantes que estão espalhadas pelas ruas neste dia?

elas não podem aparecer, não é?

a vida delas não dá música... as músicas agora só podem ser direcionadas as popozudas e preparadas... elas sim merecem tua chinfrim homenagem Brasil.

terça-feira, 6 de março de 2007


não tente entender meus devaneios...
eles são frutos da comunhão entre um coração e uma mente que tentam, mas não dialogam.
um não entende o que o outro sente.
o outro sente o que o "um" pensa demais.
dessa mistura nasce a loucura do que sou.
e entender loucura não é tarefa que se cumpra (apesar do esforço)
apenas os loucos entendem os loucos...
um dia, nesta louca trajetória, esses dois malucos que carrego comigo dar-se-ão as mãos.
para que lado vão, caberá a eles decidir.
e me levarão consigo, como fazem há muito tempo
*{como apenas loucos entendem os loucos resolvemos unir nossa loucura para ao menos expor nossos devaneios, tá difícil carregá-los na mente e é um pecado deixa-los presos apenas na memória insensível de um computador}
diga ao povo que voltei.... em boa companhia!