Como um cara que gosta muito de música e poesia, gostaria de saber a opinião daqueles que frequentam esse humilde blog: Na sua opinião, quais são os 5 maiores poetas da música popular brasileira? E quais as 5 melhores músicas?
Lembrando que listas são pessoais e quase sempre irão gerar controvérsias e injustiças...Aqui vai minha listinha beeem pessoal mesmo, e espero a opinião de vocês...
Sem ordem de preferência-Poetas:
-Chico Buarque
-Raúl Seixas
-Cazuza
-Caetano Veloso
-Zé Ramalho
Músicas:
- Construção (Chico Buarque)
- Ouro de Tolo (Raúl Seixas)
- Ideologia (Cazuza)
- Como nossos pais (Belchior)
- A volta do boêmio (Nelson Gonçalves)
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Postado por Diego às 10:09 4 comentários
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Eu devia estar contente, porque eu tenho um emprego sou um dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês (...)
Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concedido o domingo pra ir com a família no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos...Ah!Mas que sujeito chato sou eu que não acha nada engraçado macaco, praia, carro, jornal, tobogã...Eu acho tudo isso um saco(...)
É você olhar no espelho se sentir um grandessíssimo idiota, saber que é humano, ridículo, limitado, que só usa dez por cento de sua cabeça animal...E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial, que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social (...)
Eu que não me sento no trono de um apartamento , com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar...
(Ouro de Tolo-Raúl Seixas)
Cansado de normas, regras de conduta, merdas de objetivos de vida comuns e mesquinhos, tolices institucionalizadas, dentre outras coisas que deixam a vida mais enfadonha; e triste em saber que os anos vão passando e a gente deixando de aproveitar a vida como deveria...Pior é que ainda nem sentei no trono do apartamento...
Postado por Diego às 09:57 2 comentários
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Postado por Joana às 12:46 0 comentários
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
almas perfumadas
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede
que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que
a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu
e daquelas que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença
sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro
e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos
Deus está dançando conosco de rostinho colado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas,
porque acredito que os sentimentos também têm cheiro
e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.
Minha avó é alguém assim.
Ela perfuma muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, é uma delas.
E o perfume é tão gostoso, tão branco, tão delicado.E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse
perfume de Deus, que, se veste de vó, para me falar de amor...
Postado por Joana às 09:24 3 comentários
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,— não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:E mais nada.
*CECÍLIA MEIRELES
Postado por Joana às 22:17 6 comentários
terça-feira, 24 de julho de 2007
Somos os mesmos e vivemos...
Devemos andar sempre bêbados.É a única solução.Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar.Com vinho, com poesia, ou com a virtude.Escolhe tu, mas embriaga-te.E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são: "São horas de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem descanso. Como vinho, com Poesia. ou com a virtude".
Viva a vida...Do seu jeito, com suas peculiaridades...Mas viva-a intensamente...pois ela é a única que vc terá!!
beijos e abraços!!
Postado por Diego às 22:21 8 comentários
Postado por Joana às 21:39 2 comentários
sexta-feira, 20 de julho de 2007
livre de mim,
como querias,
e apavorado,
como não supunhas, nem poderias evitar.
que será de ti?
contigo,
comigo,
mas independente de nós.
o menino que fomos mantém-se fiel a si mesmo.
e nada podes fazer para destruí-lo.
a ele não importa se és feliz ou culpado.
quanto a mim...
estarei sempre ao teu lado,
nunca mais voltarei a certos lugares.
é possível viver sem voltar jamais a eles.
o que serão para outros não sei,
pra mim têm desde já uma faixa que os cinge: não entre!
cidade fechada,
a ti pertencem agora as regiões negras e ocas do meu peito
¬¬onde nada há nem houve.
Fabrício Corsaletti
Postado por Joana às 21:30 1 comentários
domingo, 15 de julho de 2007
terça-feira, 10 de julho de 2007
Postado por Joana às 22:26 4 comentários
quinta-feira, 5 de julho de 2007
desejo a você....
Namoro no portão {aiaiiaiai}
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor {e sem trabalho, e sem ressaca}
Sábado com seu amor {aiaiiaia de novo}
Filme do Carlitos {e de Almodóvar}
Chope com amigos {cantando "Eu voltei agora pra ficar porque aqui, aqui é meu lugar" }
Viver sem inimigos {será???}
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial {aiaiiaia³}
E que ela goste de você {mais????}
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior {serve Ilhéus??? }
Ouvir uma frase amável {tipo... "como você me faz bem"!}
Ter uma surpresa agradável {é hoje o dia}
Ver a banda passar { e que seja Led...que seja Pink, e... Os Verdes??}
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade {ou ver, né?}
Ter fé em Deus {e que Ele te conceda muita paz, saúde e sabedoria}
Não ter que ouvir a palavra não, nem nunca, nem jamais e adeus. {e ouvindo, que saiba entender}
Rir como criança
Sarar de resfriado {sem precisar de enfemeira =/ }
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal {nem digo nada...}
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação {próxima??}
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça {serve Ilhéus de novo???}
Uma festa {É HOJE}
Um violão
Uma canção {tem preferência?? }
Uma tarde amena
Calçar um chinelo velho
Que tenha inpiração pra atualizar um "certo" blog
Tocar violão para alguém {tenho preferências... rsrsr}
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco {ou pinga da boa... }
E muito carinho meu...
Feliz Aniversário!!!
Carlos Drumond de Andrade e eu
Postado por Joana às 08:12 1 comentários
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Postado por Joana às 21:47 3 comentários
sábado, 16 de junho de 2007
Postado por Joana às 22:34 4 comentários
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Geração paz e amor?
Postado por Diego às 14:50 4 comentários
sábado, 19 de maio de 2007
Postado por Joana às 15:57 0 comentários
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Postado por Joana às 11:19 1 comentários
quarta-feira, 2 de maio de 2007
que colecione bons livros, tenha visto bons filmes,
que saiba fazer massagens e que ria de minhas bobagens,
que entenda meus olhares,
que tenha leveza de espírito e uma barba por fazer...
que entenda e participe de meus vícios,
que seja natural e menos montado.
que não tire a sobrancelha nem use roupas transparentes,
que fale com voz mais segura, mais grave, menos infantil,
que me tenha com segurança, com vontade...por vontade.
que me recrimine com um olhar malvado, mas que me acalente num colo quente...
que tenha um sonho a ser realizado e sempre uma boa bossa nos lábios,
que tenha disposição pra vida...
que queria descobrir o mundo, que tenha disposição para tanto.
que não se satisfaça com idéias medíocres, que tenha idéias... que tenha ideais...
que escolha a mim... somente a mim pra realizar seus sonhos de homem...
Postado por Joana às 14:10 3 comentários
quinta-feira, 26 de abril de 2007
devaneio musical...Beatles!!
Postado por Diego às 11:58 2 comentários
domingo, 22 de abril de 2007
para pensar...
Postado por Joana às 18:57 2 comentários
terça-feira, 17 de abril de 2007
Meros devaneios...
"No fim da vida, a maioria dos homens percebe, surpresa, que viveu provisoriamente e que as coisas que largou como sem graça ou sem interesse eram, justamente, a vida.E assim , traído pela esperança, o homem dança nos braços da morte"
Apenas gostaria de citar essa frase do ilustre mestre dos mestres Schopenhauer...Pode parecer fúnebre e triste, mas, ao revés, pode ser vista como uma crítica para aqueles que não dão importância às mínimas coisas da vida, ao que realmente importa e pode servir também como estímulo para uma busca de um novo ideal de vida . Para que as coisas boas sejam aproveitadas e não passem ao largo da nossa efêmera passagem neste mundo.
Postado por Diego às 13:24 4 comentários
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Música Air Lines...
De onde será que vem o poder que a música tem de nos levar pra onde quer que ela queira e a nossa imaginação (no meu caso, bem fértil) permite?
Característica também partilhada pelos cheiros, que nos acalentam e nos fazem (re) viver situações já vividas e sonhar com aquelas ainda não realizadas.
Melodias, letras, vozes nos levam embalados por terras às vezes nunca habitadas por nossa existência.
No meu caso as músicas envolvidas por um “ar” melancólico são as que mais me envolvem e me dão prazer de ouvir e viajar por lugares aconchegantes.
Regidos por uma dita trilha sonora, os sonhos não tem barreiras, são livres, como todos os sonhos deveriam ser....
A música que tem embalado meus sonhos melancólicos e me levado para terras desconhecidas(não me perguntem por que) é essa:
Carta (Ano de 1890)
Vanessa da Matta
Ando nas ruas do centro
Como num passe de mágica, me carrega pra um Rio de Janeiro de outrora, versado pelas obras do Sr. Machado de Assis, com suas Helenas e suas casas de chá, onde se era possível ver pessoas barbeando-se nas portas, o bonde estava na praça e o choro chorava embalando os sonhos recônditos de quem o ouvia....
Só a música pode amenizar essa inquietação de não poder ir a tempos já passados, só ela nos leva a conhecer terras inimagináveis e o que é melhor... Sem cobrar passagem.
Postado por Joana às 10:04 6 comentários
sexta-feira, 30 de março de 2007
Apenas Tijolos no Muro...
The Wall (1979) Wish you were here (1975)
(Pink Floyd,Another Brick in the all)
Pra início de conversa, cumpre delinear a emoção de escrever algo sobre uma das maiores bandas de todos os tempos. Além de instrumentalmente perfeito, o Pink Floyd sempre foi uma banda de letras impecáveis. Enquanto o rock tradicional falava de sexo, drogas e problemas pessoais, o Floyd foi além...Falou disso também, é claro, mas se ateve mais aos problemas existenciais do mundo, da vida...e de forma brilhante!
Com essa preocupação existencial, letras filosofais e por conter a sonoridade do universo (da música erudita à folclórica, passando pelo jazz e, evidentemente, pelo próprio rock )a banda foi tida como uma das mais “cults” da história da música.
Em 1979, o Floyd já era uma banda consagrada. “The dark side of the moon”, “Animals” e “Wish you were here” já eram clássicos absolutos da música. O álbum “Wish you were here”, de 1975 é um aprofundamento dos temas do clássico-mor “dark side”. O tema do disco é ausência e saudade. É um pretexto para uma sincera homenagem a Syd Barrett , ex-integrante do grupo, e uma análise dos motivos que o levaram à loucura. A foto da capa, com o homem queimando, representa uma pessoa sendo consumida e deixando de existir. A foto da contracapa é a foto de uma pessoa que não existe mais. Na foto do encarte a pessoa que mergulha na água não faz a água respingar, logo não existe. Todas as fotos remetem a uma "falsa presença".Daí se tira que o Floyd não é apenas musica. É arte! Presente em suas composições, arranjos, letras e até nas capas e encartes dos álbuns.
Porém, foi no disco "The Wall", gravado em 1979, que Roger Waters exorcizou todos os seus demônios em faixas que remetem à sua infância e todas as paranóias que a sociedade incutiu em sua mente. A faixa de maior sucesso, “Another brick in the wall”, que ganhou até videoclipe na época, é um clássico a ser analisado profundamente. Waters foi fantástico em trazer à tona a visão de uma sociedade alienada, em que nós, como membros dela, nos comportamos apenas como “um tijolo no muro”, como o título da música sugere. Somos manipulados à todo instante e nem percebermos ou sequer contestamos. E Waters vai tentar dizer com sua música que isso se inicia na vida familiar, e, principalmente, na escola.
“Another brick in the wall” tentou dizer é que a escola é uma máquina de fazer chouriços indiferenciados, de produzir autômatos, e que os professores são os instrumentos do Estado opressor que quer esvaziar a alma e o cérebro das criancinhas. Parece exagero, mas é a pura realidade. Acontece que, atualmente, os próprios professores foram as criancinhas alienadas do passado, e muitos não têm consciência que estão contribuindo apenas para criar robôs pra sociedade. Coitados dos professores, são apenas mais tijolos no muro. E que muro consistente e indestrutível é a dominação.
O fato é que fomos criados para sermos acríticos. Para reproduzirmos pensamentos e idéias já existentes sem questionarmos sobre elas. Nos tempos que correm, a escola passou a ser vista como o espaço onde se devem eliminar todas as diferenças que existem na sociedade, onde todos devem ser iguais, mesmo quando se lhes reconhece o direito à diferença, e , se possível ,acríticos, mesmo se lhes reconhece o interesse em serem autônomos e reflexivos. E aqui falo da igualdade de pensamentos, de anseios, de caminhos a seguir e não pela igualdade de direitos e oportunidades, que, obviamente, deve existir. Passamos toda uma infância na escola, para que? Para nos tornamos seres ininteligíveis e conhecedores de um conhecimento comum a ser reproduzido numa prova de vestibular?
Postado por Diego às 10:29 4 comentários
quinta-feira, 22 de março de 2007
SOMOS QUEM PODEMOS SER?
É uma tarefa árdua para qualquer pessoa definir a si mesmo. Nunca somos suficientemente corajosos para tentar descobrir nós mesmos. Escondemos nossa verdadeira face. E escondemo-la em meio às outras pessoas, tentando ser o que não somos. Às vezes penso que vivemos num mundo onírico, ilusionário, onde as pessoas que nos cercam no mundo social cotidiano é que ditam a nossa existência. A máxima do “conhece-te a ti mesmo” se aplica para poucos. Não é fácil ser você mesmo. Para conhecer a si mesmo, mister se faz esquecer os pré-conceitos, ou seja, afastar-se de todos conceitos pré-existentes, como mitos, religiões, valores morais, opiniões. E isso é praticamente impossível para o homem comum. É difícil ser alguém que realmente queremos ser. É impossível não se influenciar pelo que a sociedade e os valores sociais queiram que você seja. Não temos escolha. Não temos livre-arbítrio.Ah, que falácia é esse tal livre-arbítrio!
Desde que nascemos somos imbuídos a viver a vida que a sociedade nos impõe. Somos educados, adestrados, amansados para sermos quem a sociedade quer que sejamos e não podemos escolher de outro modo.Não nos perguntam se queremos ser o que querem que sejamos.Apenas seguimos um caminho pré-constituído até nos juntarmos à massa. Somos apenas um tijolo no muro. E tijolos no muro não escolhem onde nem como querem ser colocados. Apenas são colocados. Não tem opinião própria e não conversam com o cimento, pra saber por que estão ali tão juntinhos um do outro, sendo manipulados por mãos que nem sabem da sua existência. É duro aceitar isso.
Quais são as nossas motivações? O que quero ser? Quem desejo me tornar?
Tento buscar a verdade. Mas não é fácil buscar a verdade dentro de si mesmo. É árduo e tortuoso analisar a própria existência. É muito mais fácil sermos julgados pelos outros e deixarmos que o juízo de valor seja dado por eles. Definitivamente mais simples. Para isso, basta a aparência. Basta mostrar sermos algo que determinada pessoa ou determinado grupo em especial queira. Assim, escondemos a verdade de nós mesmos e deixamos que as referências pessoais que temos sejam conceituadas por um grupo.
Às vezes sinto-me medíocre. Aliás, sempre me sinto medíocre. Medíocre no sentido pejorativo por também ser medíocre no sentido de ser um homem-médio. É péssimo ser um homem-médio. Ter os mesmos anseios, pensar as mesmas futilidades que qualquer ser é induzido a pensar.Sinto-me sem visão, correndo atrás de objetivos materiais que nem sei se são os que quero realmente. Apenas são os que a sociedade quer que eu almeje. Sucesso profissional, dinheiro, uma vida confortável, uma bela mulher, respeitabilidade, status. É o que todos queremos. Nenhum de nós jamais ousou escolher ser algo além disso. Mas, o que se pode desejar, além disso? Sinceramente, minha experiência nesse mundo não me deixa responder a essa pergunta.
Postado por Diego às 13:35 5 comentários
segunda-feira, 12 de março de 2007
Rio de Janeiro, julho de 1957...
A partir desta data, o país NUNCA mais foi o mesmo, nunca mais pôde caminhar sem consigo levar a marca da besta-fera impregnada em seus atos e costumes.
Exalando um fétido ar de soberania, desde a sua criação, a Rede (pra não dizer quadrilha) Globo profana "slogans" onde se auto-intitula a detentora de toda a verdade e seus funcionários nomeiam-se “globais”, unânimes...
Através do seu tele (tendencioso) jornalismo leva aos brazucas, a realidade dos atos que ela mesma cria.
Exagero dizer que a Rede Globo é culpada, de parte das mazelas que acontecem no país?
Ela faz questão de apregoar e escancarar quão diferente é a realidade em que vivem os pobres cidadãos desta humilde colônia.
Dita um país onde ser loiro, rico e magro é o ideal e a condição mais aceitável, condenando os excluídos dessa condição, qualificando-os de bandidos.
Estes mesmos excluídos são os principais admiradores da bonitinha (e ordinária) que acaba de estrelar a ultima edição do Big Merda Paraguai (não desmerecendo o dito país, só fazendo uma analogia as falsificações que o mesmo exporta), os mesmos excluídos que suspiram pelo o amor perfeito e inabalável do casal da novelinha das 21 horas e engrossam a legião dos que adquirem o CD da mega-ultra-super banda que se apresentou na dita emissora no domingo passado.
O tênis mais bonito? É o que o “protagonista” da novelinha “aborrecente” usa.
Mas o que fazer se eu não tenho um par do belo calçado? Adivinhe se puder...
E Ela segue dispondo de um elenco de telespectadores alienados e manipuláveis, escrevendo sua historieta barata.
Onde arrasta crianças pelas ruas do Rio Iraque de Janeiro e depois lambe a dor da pobre mãe, vítima, da sua intenção maniqueísta e voltada para os números do famoso Ibope.
Infelizmente, ela pode mesmo se auto-intitular “a poderosa”, ao seu bel prazer, consegue eleger o presidente da vez, o próximo e o próximo...
Até quando?
Caberá ao destino responder, se é que este existe, já que pode ser mais uma invenção dos folhetins, agora carregados de um misticismo barato que a bisca apresenta.
Constato momentos antes da criação deste texto o poder manipulador da suprema, pretendia discorrer sobre um tema qualquer, com uma leveza que me é peculiar, infelizmente a situação não me permite, só posso discorrer sobre a “janela do povo” brasileiro com a voracidade que foi descrita acima. E mais uma vez Ela interferiu na minha intenção. Argh!
*não citei as outras “saudosas” emissoras, pois as mesmas não merecem que eu perca meu escasso tempo, (não que a dona da banca mereça), falando das tais.
Acredito que são ainda piores, criticam a “Poderosa Toda”, mas lambem os restos de seu vômito...
Seguem fazendo cópias baratas do podre material que a dita “produz”.
Postado por Joana às 20:27 5 comentários
sábado, 10 de março de 2007
Brasil: Paz, Esperança e Fé...Parte II
Quando comecei a escrever a Parte I tinha pensado em dividir o presente texto numa trilogia para escrever sobre paz, esperança e fé separadamente.Porém, não vou seguir a mania das trilogias, haja vista o meu texto não ser nenhum Matrix Reloaded, X-Men ou Senhor dos Anéis, e muito menos irá concorrer às estatuetas...rs
Na verdade, acho mais interessante tratar da esperança e da fé simultaneamente.Esses são sentimentos que, se observados sob o prisma católico (dominante), às vezes se confundem. Não quero entrar aqui em questões de ordem religiosa (ainda não é o momento), mas apenas tecer comentários sobre esses sentimentos que permeiam o espírito dos bons cristãos.
Para os gregos, a esperança sempre foi considerada o mais astucioso de todos os males e que se localizava no fundo da Caixa de Pandora. Concordo. E digo mais: A esperança é um estímulo para aqueles que vivem alheios à realidade. E a fé nada mais é que uma esperança extrema. Como aduz o eminente filósofo alemão Friederich Nietzsche “A forte esperança é um estimulante muito maior para a vida do que qualquer felicidade isolada que se realize no plano da realidade”.Traduzindo amiúde, a nós, sofredores, que estamos sempre “à espera de um milagre” é necessária uma esperança que a realidade não possa contradizer.
Outra célebre frase de Nietzsche diz: “A esperança tem a capacidade de entreter os que mais sofrem”. Essa adoração pela esperança gerou frases do tipo “A esperança é a última que morre!!”, (reproduzida aos montes pela patuléia) quando na verdade –e aqui plagio uma sentença de granito- a esperança é a primeira que deve morrer!
Motivos? A força da ilusão encontra na fé e na esperança seu maior remédio. Pra finalizar, como não poderia deixar de o fazer, peço àqueles que acham que de joelhos e de olhos fechados podem mudar o mundo que abram seus olhos e levantem-se , pois desse jeito estarão mais preparados para tentar revoluciona-lo!!
Postado por Diego às 12:35 4 comentários
quinta-feira, 8 de março de 2007
Brasil: Paz, Esperança e Fé...Parte I
Pois bem, amigos. Não estou aqui para trazer-lhes nenhum conforto, nem paz de espírito. Isto aqui não é um blog de auto-ajuda. Pelo contrário. O que tenho para lhes oferecer é apenas uma visão crítica, ainda que pessoal, da realidade que vos cerca.
Vim pra falar de coisas boas. E ruins também. Na verdade, vim para tumultuar mesmo. Gostaria de começar dissertando sobre o povo brasileiro.Estarei escrevendo sobre seus anseios, dúvidas e, apenas pra ficar didático e evitar textos enormes que ninguém gosta de ler, dividirei esse tema em 3 palavrinhas mágicas que emanam todos os dias na mente do nosso povo: Paz, Esperança e Fé.
Pra começar, quero falar sobre a paz. Descrever a paz é algo difícil. O vocábulo “paz” no dicionário tem diversos significados, entre eles sossego, concórdia, cessação de hostilidades, etc. Pra falar a verdade, entendo a paz como um sentimento pessoal de cada um, um estado de espírito, uma realização. Mas me parece ser utópico demais pra qualquer ser humano imaginar um mundo em que todos se respeitam, em que não há guerra, nem disputa.Esquecem que o ser humano antes de tudo é um animal, movido por instintos, dentre eles o da sobrevivência, o da batalha pelo seu espaço!! Nesse sentido, pensar num mundo sem guerra e sem violência, sorry, é sonhar além. Citaria o filósofo francês Emile Durkheim para enfatizar que “o crime é um fato social”.
Então, o que podemos fazer? Apenas controlar esse ímpeto pelo crime. Mas não do jeito que o nosso governo quer, aumentando o numero de presídios, amontoando os presos nas celas e reduzindo a maioridade penal até chegarmos à pena de morte. É como construir uma casa a partir do telhado. É como combater a doença matando o paciente. Estamos lutando errado. Combatendo a ponta de um Iceberg, não sabendo o que vêm mais por baixo. Os penalistas mais modernos enfatizam o caráter subsidiário do direito penal. As penas seriam a ultima ratio, ou seja, somente quando se esgotarem todos os meios existentes poder-se-ia usar a privação de liberdade, a famigerada prisão. Todos sabemos que a prisão não amansa ninguém, mas sim torna o ser humano mais bruto, animal, irracional e inconseqüente.
Por fim cumpre destacar que o nosso problema principal está estampado em todos os meios de comunicação: A desigualdade. Vivemos num país de desigualdades gritantes, em que 5% da população detêm mais da metade da renda.Por conseguinte, enquanto X ganhar 70 vezes mais o que Y ganha e Z tiver um carro de luxo enquanto W não tem dinheiro nem pra pegar um ônibus, nunca haverá satisfação social e as taxas de criminalidade se manterão altas. Portanto, termino essa exordial e breve análise citando a minha primeira sentença de granito: “Nunca haverá paz enquanto houver desigualdade”.E não haverá mesmo!
Postado por Diego às 17:18 6 comentários
dia INTERNACIONAL das mulheres...
estão escondidos atrás da loirice da celebridade da última hora?
Postado por Joana às 10:15 6 comentários
terça-feira, 6 de março de 2007
não tente entender meus devaneios...
Postado por Joana às 11:48 2 comentários